Sábado foi o dia da prova de fogo.
Estava confiante na minha preparação. Não me deixei intimidar pelos grupos de corredores profissionais. Concentrei-me na minha corrida, no meu passo.
Fiz os 8 km da prova com um bom ritmo. Ao fim do primeiro quilómetro deixei o meu marido a acompanhar o nosso filho mais velho devagarinho na sua primeira corrida “a correr”.
Arranquei sozinha, radiante por ultrapassar corredores mais lentos.
Fiz os últimos quilómetros ao lado de uma corredora com mais 15 cm do que eu e com pernas até ao pescoço. Acertamos em silêncio o passo uma pela outra.
Isto até 1 km da meta.
Na curva antes da recta final começamos, sem pronunciar uma palavra, a acelerar e terminamos a prova num sprint final.
Não ganhei o nosso duelo silencioso (ok, perdi…) mas estava satisfeita.
Melhorei o meu tempo e não fui ultrapassada por nenhum trio de “velhinhas com um ritmo muito certinho”.
Fiz a prova sozinha sem ninguém para me motivar.
Não fui ultrapassada pelo duo “mãe que corre mais depressa a empurrar o carrinho do filho do que eu sozinha”.
Por isso estava satisfeita.
Dirigi-me para a saída.
Na fila para receber a minha garrafinha de Powerade vejo uma figura familiar.
Uma mulher. Um carrinho… Não queria acreditar… Estavam à minha frente.
O que quer dizer que tinham chegado à primeiro à meta.
O que quer dizer que a minha adversária derrotou-me novamente, sem saber sequer que estava a competir comigo...
No próximo ano vou de patins…
No comments:
Post a Comment