Noite de Domingo, na perspectiva dos pais:
Enroscados no sofá num Domingo à noite, satisfeitos por termos sobrevivido a mais um fim-de-semana em família. Está tudo tranquilo quando de repente ouvimos:
- Ó Pai, ó Pai! Vou vomitar!!
- Se vais vomitar não fiques aí! Vai já para a casa de banho.
Não me mexo.
- Então? Não vais lá?
- Eu? Ele disse ó Pai...
Levanta-se a resmungar
Fico a ouvir a conversa sentada confortavelmente tapada por um edredon quentinho.
- Mas o que é que se passa?
- Ó Pai a mana… buuuuark
- Porque é que estás assim? Foste agora mesmo para a cama e estavas bem…
- Ó Pai, foi a mana… a mana… buuaaark.
Som inconfundível do jantar a atingir a sanita.
- A mana o quê? O que é que se passou? Porque é que estás assim?
- A mana… A mana…
- Comeste alguma coisa? Vão contar-me o que se passou ou não?
O silêncio circunspecto confirma a culpabilidade da acusada...
Mesma noite de Domingo, perspectiva diferente.
Minutos antes:
- Afonso, vou dar um pum. Queres cheirar?
- Beuuhhh. Que nojo!
- Queres ou não?
- Quero! Como é que fazemos?
- Anda cá… Vou destapar-me e pões o teu nariz junto ao meu rabo.
- Ok…
- Ó Pai, a mana deu-me um pum na cara e o pum dela entrou na minha garganta!!
E o jantar foi… por água abaixo.
Por vezes fico a imaginar como será um Domingo numa família normal...
“There is no polecat that ever smelt its own smell” – provérbio sul-africano
No comments:
Post a Comment