Sempre tive alguma dificuldade em perceber esta coisa das relações entre homens e mulheres. É tudo muito complexo. Se calhar foi por isso que andei uns bons anos a experimentar vários tamanhos e feitios (de homens, suas depravadas!) até decidir assentar.
Ultimamente tenho pensado numa expressão que a minha avó materna utilizava muito e que traduzida é mais ou menos assim: “Mariazinha, o homem é um bicho esquisito…”.
Não dizia mais nada nem entrava em mais pormenores. Só esta frase, em forma de aviso. “Um mal nunca vem só”, “Com papas e bolos se enganam os tolos”, e “Mariazinha o homem é um bicho esquisito…”
Enquanto adolescente ouvia-a e pensava que a velhice era isso, a perda da capacidade intelectual e o debitar de frases sem sentido. Mas nos últimos anos questiono-me cada vez mais.
Se calhar a senhora afinal até sabia do que é que estava a falar…
Homens. Só os começamos a entender quando paramos de tentar aplicar-lhes os nossos moldes de pensamento. Como para a aprendizagem do Japonês em que é preciso “apagar” todos os nossos conhecimentos de gramática para abraçar uma língua proveniente de uma cultura totalmente distinta da nossa, para o conhecimento dos homens, temos que pensar como… homens. Para isso é necessário deixar de lado tudo o que faz de nós mulheres e transformar-nos em homens para tentar entrar no mundo deles.
Não basta vermos o National Geographic, temos que, tal Diane Fossey, entrar e fazer parte do mundo dos gorilas.
Só assim conseguimos vislumbrar parte desse ser misterioso.
O meu marido explicou-me que o maior problema da maior parte das relações se resume a um pequeno facto: para os homens, o dia é o reflexo da noite mas para as mulheres a noite é o reflexo do dia.
Confesso que demorei um pouco a entender o que ele queria dizer com isto...
Um homem é encantador com a companheira durante o dia quando passou uma excelente noite. E uma excelente noite resume-se, para os homens, a uma noite de sexo. Para a mulher, é precisamente o oposto. O homem será recompensado com sexo, se for encantador com a companheira durante o dia… Este desencontro dita, segundo ele, frequentemente o fim da relação. Se ninguém estiver disposto a ceder e a sacrificar-se em nome da relação, satisfazendo as necessidades do outro em primeiro lugar, a relação está condenada…
Como diria o Dr. Phil: “Tem de haver um herói nesta relação!"
A minha Avó utilizava outras expressões estranhas. Lembrei-me agora de mais uma (mais uma tradução livre):
- Mariazinha, os homens são como os tapetes. Uma vez por ano têm que ser postos na rua para lhes sacudir o pó.
Será?
Pronto,tá tudo dito: é altura de eu ir sacudir o meu namorado...tenho-me desleixado e deixei accumular pó e teias de aranha.lololol :)
ReplyDeleteAproveito e deixo um convite: participe na Blogagem de Março do blogue www.aldeiadaminhavida.blogspot.com. O tema é: “Onde cresceu o meu Pai”. Basta enviar um texto máximo 25 linhas e 1 foto para aminhaldeia@sapo.pt (+ título e link do respectivo blog) até dia 8 de Março. Participe. Haverá boa convivência e possíveis prémios (veja mais no dia 28/02 no blog da Aldeia)!
Jocas
Lena
Helena,
ReplyDeleteObrigada pelo comentário e pela sugestão!
Um beijinho.
Mãe à Beira