O boost de energia que vem com a chegada do Verão. A melancolia com a aproximação do Outono. A vontade de hibernar no inverno. E o aguardar com alguma ansiedade da Primavera e do recomeço do ciclo da vida…
Com a Primavera, saio da reclusão auto-imposta do Inverno. Como uma cebola, vou descascando as várias camadas de roupa que me protegem do frio e aproveito para verificar as novas marcas que o tempo foi deixando no meu corpo.
Esta simbiose com os ciclos da natureza tem assumido uma forma algo assustadora: existem partes do meu corpo que todos os anos migram um pouco mais para sul, talvez à procura de lugares mais quentes?
E no final de cada inverno identifico mais algumas partes que se juntaram a este fenómeno migratório…
Os seios (estes foram os primeiros a fugir logo ao primeiro sinal de gravidez…), o rabo, os braços, mas agora também a barriga, as olheiras e até os joelhos (e para estes não existem cremes nem exercícios)…
Não percebo este fenómeno. É como se estas partes do corpo se estivessem a despedir (a soltar?) do resto do corpo, do esqueleto.
Sabendo que o destino final é a terra decidiram pôr-se a caminho… enquanto o esqueleto continua a andar.
Estou a ficar deprimida…
Vou tentar exercícios que encontrei na internet: “Exercises for wrinkled knees”.
E não, não estou a inventar. Existem mesmo.
Boa pesquisa…
D'une vieille poule, on fait un meilleur bouillon.
Pierre de Brantôme
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