Nas famílias numerosas acontecem coisas que não acontecem nos agregados mais pequenos. Há mais regras, mais disciplina, mais barulho, mais comida, menos privacidade, menos tempo…
Num aniversário fomos, como é tradição, almoçar fora. Todos nós, a madrinha, duas primas, o tio materno e mulher, a avó paterna e os avós maternos.
Sendo muita gente, procedemos a um ritual habitual: a contagem.
4 filhos e 2 primas= 6 menores.
Adultos – não são contabilizados. Sabem exprimir-se e, em princípio, sabem o caminho para casa.
Chegada da caravana ao restaurante, procura de lugares de estacionamento para todos os carros e desembarque.
Em filinha indiana, tudo muito organizado, até à porta do restaurante.
Paragem. Entrada dos mais velhos para abrir caminho e preparar os outros utentes pela chegada da tribo. Nova contagem dos pequenos à entrada:
1 ,2, 3, 4, 5…
1 ,2, 3, 4, 5… não pode ser…
1 ,2, 3, 4, 5…
Miguel! Falta-me um!! Vê quem é!
Por ordem de idades: Ema, Susana, Daniel, Cristina, Afonso… Afonso?!
- É o Afonso!! Não está no aqui!!
- Tens a certeza que não ficou em casa?
- Não Pai, eu é que lhe pus o cinto.
Deixamos os 5 presentes com os mais velhos (mais vale cinco na mão…) Corremos até ao carro. Por vergonha reprimo a vontade de chamá-lo aos gritos…
E lá estava ele. Sentadinho no carro, sossegado à espera que dessem pela falta dele…
"Experience is the name everyone gives to their mistakes." - Oscar Wilde
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